Original

Avaliação da maturidade para o desenho na infância. II. Desenvolvimento e validação de um teste grafomotor na criança com incapacidade neuropsiquiátrica

S.I. Pascual-Pascual [REV NEUROL 2001;33:938-947] PMID: 11785005 DOI: https://doi.org/10.33588/rn.3310.2001194 OPEN ACCESS
Volumen 33 | Número 10 | Nº de lecturas del artículo 6.106 | Nº de descargas del PDF 1.534 | Fecha de publicación del artículo 16/11/2001
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RESUMEN Artículo en español English version
Introdução. Num artigo anterior foi apresentado o teste grafomotor como uma prova simples, rápida, válida e fiável para avaliar a maturidade practognósica na infância. Objectivo. Apresentam-se os dados de validez e fiabilidade do teste grafomotor em doentes com variados níveis mentais e diversas patologias neurológicas e psiquiátricas. Doentes e métodos. Realizaram-se dois estudos: a) Aplicou-se, individualmente, a prova a 349 doentes com idades compreendidas entre os 5 e os 40 anos, numa amostra sistemática. Repetiu-se aos 15-30 minutos. Todos os desenhos foram pontuados às cegas por um neurologista e um psicólogo clínico. 276 foram submetidos ao teste de Wechsler (WPPSI-R, WISC-R ou WAIS-R) e em outros 53 conhecia-se o nível de inteligência. B) Analisam-se os resultados do teste grafomotor realizado a 1001 doentes numa consulta neurológica e psiquiátrica simultaneamente à entrevista com os pais. Resultados e conclusões. 1) É um instrumento muito fiável para medir o nível visuomotor em crianças com diversas patologias neuropsiquiátricas e diversos níveis mentais superiores a QI 50, porque mostra uma grande fiabilidade teste-reteste (alfa de Cronbah = 0,98), ou seja, a repetição da prova não altera os resultados, e uma grande fiabilidade entre diferentes qualificadores (alfa = 0,98). 2) É um instrumento válido para medir a maturação do desenho e o nível de inteligência não verbal na infância, já que a relação entre o resultado do teste e o nível de inteligência é significativa (r = –0,58 a –0,72, p<0,001), similar ou superior à de outros testes visomotores e à de testes de rendimento intelectual não verbal. A correlação é máxima com o quociente intelectual manipulativo (QIM) do teste de Wechsler e com o factor de capacidade espacial do mesmo. 3) É um instrumento muito sensível como prova de rastreio do nível cognitivo não verbal das crianças, e com alto valor predictor negativo que permite seleccionar na própria consulta os casos, e nos quais realizar estudos neuropsicológicos mais complexos. 4) é simples, rápido e prático de se realizar. Pode se fazer na mesma consulta enquanto o clínico (pediatra, neuropediatra, neurologista ou psicólogo) obtém informação dos pais. Assim, pode realizar-se em grupo. A execução não requer mais de 5-10 minutos, e a correcção 1 minuto. 5) Os resultados dependem do nível mental e da idade da criança. O tipo de patologia influi menos sobre os resultados. 6) O teste grafomotor é proposto como mais uma prova a integrar na exploração clínica da prática pediátrica, neuropediátrica ou neurológica, e como uma prova de detecção rápida das perturbações visuoespaciais na avaliação escolar. CategoriasNeuropediatríaNeuropsiquiatría
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