Introdução. Nas margens do Nilo floresceu há cinco milénios uma das civilizações mais antigas, importantes e duradouras da história da humanidade. No Egipto alcançou-se um elevado grau de evolução em todos os ramos do saber humano, e hoje considera-se aquela, a civilização mãe da medicina. Apesar do marcado componente religioso que envolvia todas as suas actividades, a medicina faraónica era praticada de uma forma racional e dedutiva, e os egípcios foram os criadores da observação clínica. Desenvolvimento. O clima desértico do vale do Nilo preservou monumentos, múmias e papiros cujo estudo dá nos uma certa ideia do grau de evolução alcançado nos conhecimentos médicos. A sua análise, sob o ponto de vista dos conhecimentos neurocientíficos, constitui o objectivo deste trabalho. Os achados anatómicos dos egípcios derivaram da inspecção de feridas e da prática do embalsamamento. Chegaram a conhecer um número elevado de diagnósticos e a prescrever muitos tratamentos, e alcançaram um certo desenvolvimento na abordagem do doente neurotraumatológico. Praticaram a anamnese, o prognóstico e uma cirurgia metódica que raramente incluía a trepanação. O seu conservadorismo fez com que, após o domínio macedónico, a medicina grega suplantasse a tradicional egípcia, que alcançou o seu máximo esplendor com a Escola de Alexandria, onde se evidenciaram Herófilo e Erasístrato, pioneiros dos estudos de anatomia e circulação cerebrais. Conclusões. Sob o ponto de vista das neurociências, os egípcios descreveram pela primeira vez o cérebro, a enxaqueca, a epilepsia, o AVC, o tétano, a paralisia de Bell e as sequelas dos traumatismos cranianos e da secção medular. Nas suas manifestações artísticas, apreciam-se doentes neurológicos e, segundo refere Heródoto, havia médicos especializados nas ‘doenças da cabeça’ que poderiam considerar-se precursores dos actuais neurologistas.
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