Objectivos. Analisar a frequência, motivos e características dos doentes não comparecentes (NC) à marcação da consulta de neurologia (CEN). Comparar as características dos NC aos comparecentes. Propor intervenções para minimizar os NC por motivos evitáveis. Doentes e métodos. Durante o período de 1-10-1999 a 30-4-2000 registaram-se prospectivamente os casos de NC, comparando-os com uma amostra de doentes que recorreram à CEN nesse mesmo período. Analisámos os dados correspondentes à idade e sexo, distância domicilio/CEN, diagnóstico, tipo de consulta e data da última consulta. Os NC foram entrevistados telefonicamente, solicitando-se o motivo da não comparência, classificando-o em evitável e inevitável.
Resultados Das 1.842 consultas previstas, 19% foram NC. Comparando NC com comparecentes, encontraram-se diferenças estatisticamente significativas na distância domicílio/CEN. Segundo o diagnóstico, os NC tinham mais ‘sintomas/sinais’ e outros ‘MIA’, e os comparecentes, mais ‘neuropatias’ e ‘diagnósticos pendentes’. Os motivos evitáveis (55,8%) mais frequentes dos NC foram esquecimento, erro administrativo e falhas de comunicação, e os inevitáveis (44,2%), incapacidade física, outras prioridades e melhoria. Conclusões. Existe uma importante proporção de NC na CEN da área de Marina Alta. A distância domicílio/CEN (superior a 25 Km) é o principal factor que influi na taxa de NC. 56% dos NC foi por motivos evitáveis, pelo que poder-se-iam desenhar intervenções para reduzir essa percentagem. Dentro deste grupo, os principais motivos são o esquecimento, os erros administrativos e as falhas de comunicação.
Palabras claveAcessibilidade ao centroAssistência ambulatóriaMelhora da qualidade assistencialNão comparecentesNeurologiaOmissãoQualidade assistencialCategoriasCalidad, Gestión y Organización Asistencial
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