Introdução. As crises psicogénicas não epilépticas (CPNE) são uma patologia que desperta o interesse de muitos clínicos, já que considera diariamente problemas em campos distintos: o diagnóstico e o terapêutico, principalmente. Isto faz com que por vezes se chegue ao diagnóstico correcto após exames e tratamentos que posteriormente se revelam desnecessários, e após uma repercussão sócio-familiar importante e também económica para o sistema de saúde. Desenvolvimento. Realiza-se uma revisão bibliográfica a partir da literatura publicada sobre o tema nos últimos cinco anos, com a intenção de integrar e confrontar as posturas existentes distintas. Destacamos aqueles aspectos mais conhecidos, onde existe maior concordância, e aqueles ainda controversos, e tentamos unificar e esclarecer critérios, sem esquecer as lacunas que ainda existem, fonte de futuras investigações. Conclusões. 1. As CPNE apresentam uma grande dificuldade de diagnóstico. É importante a realização de uma boa história clínica para tentar identificar possíveis factores de stress. Pode ser de grande ajuda o vídeo-EEG, embora não esteja ao alcance de todos os serviços de Neurologia e seja altamente dispendioso. 2. Antes de realizar o diagnóstico definitivo, devem se ter em conta as crises do lobo frontal, frontomesial e temporal, que por vezes podem manifestar-se com sintomas semelhantes aos da CPNE. 3. Foi suficientemente demonstrada a associação que existe com diversas patologias psiquiátricas. Pode envolver mais de um mecanismo psicopatogénico que medeia o aparecimento das CPNE. 4. A abordagem terapêutica começa com a apresentação do diagnóstico, que deve realizar-se com o adequado cuidado e atenção, beneficiando de um tratamento multidisciplinar.
Palabras claveCrises pseudo-epilépticasCrises psicogénicasPseudo-crisesCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosTécnicas exploratorias
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