Introdução. A perturbação por défice atencional com hiperactividade (PDAH) foi definida como uma perturbação do auto-controlo, caracterizada clinicamente por dificuldades no campo da atenção, excesso de actividade motora e deficiência no controlo dos impulsos. Objectivo. O objectivo central é descrever como as dificuldades metodológicas associadas ao desenho de estudos epidemiológicos contribuem consideravelmente para o conjunto de dados heterogéneos que poderiam fazer duvidar da validade da PDAH na população infantil. Nas últimas décadas realizaram-se alteraçõesnos sistemas de nosologia psiquiátrica relativos à conceitualização desta perturbação, o que afectou a quantidade e a combinação de sinais necessários para o diagnóstico da PDAH. Estas alterações contribuem em grande parte à disparidade dos valores de prevalência referidos nos diversos estudos. Outros factores envolvidos relacionam-se com os métodos de avaliação utilizados, o tipo de amostra utilizada no estudo (clínica ou comunitária) , a fonte da relação (pais, professores e/ou crianças), e as características sócio-culturais. Conclusões. A PDAH é uma perturbação real e não pode ser considerada um mito, uma vez que existe considerável evidência quanto à sua presença e caracterização clínica numa população infantil, em diferentes países
Palabras claveEpidemiologiaPerturbação por défice atencional com hiperactividadePrevalênciaValidade culturalCategoriasNeuropediatríaNeuropsiquiatría
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