Objectivo. A medicina baseada na evidência está a ser aplicada a todas as áreas da medicina. Através de revisões sistemáticas, avaliação crítica e síntese quantitativa e estatística da informação por meta-análise, é favorecida a incorporação dos avanços da investigação na prática clínica. É revista a informação que se encontra nas principais fontes sobre o tratamento da epilepsia. Desenvolvimento. Após comentar alguns conceitos, como revisão sistemática, meta-análise, odds-ratio, risco relativo e número de doentes a tratar, descrevem-se as principais fontes de informação primárias, secundárias e terciárias, com especial ênfase das fontes de medicina baseada na evidência. Finalmente, descrevem-se exemplos representativos da informação sobre o tratamento da epilepsia que se encontra nas principais fontes de medicina baseada na evidência, como TRIP, DARE, Cochrane Library, guias de prática clínica, Clinical Evidence ou Bandolera. A maioria dos ensaios disponíveis analisam a eficácia e a tolerabilidade dos novos antiepilépticos como adjuvantes de epilepsias parciais resistentes, mas existem poucos estudos sobre a a eficácia e a tolerabilidade da monoterapia, outros tipos de epilepsias ou em crianças que comparem os novos antiepilépticos entre si ou com os antiepilépticos clássicos. Conclusões. O tratamento da epilepsia continua a ser uma arte mais que uma ciência, já que muitas decisões terapêuticas se baseiam mais nos hábitos terapêuticos e a experiência clínica pessoal do que nos resultados de ensaios clínicos aleatórios e controlados. São necessários grandes ensaios comparativos com critérios de eficácia relevantes e procedimentos válidos para avaliar a qualidade de vida a tolerabilidade ou as alterações cognitivas.
Palabras claveMedicina baseada na evidênciaMeta-análiseTratamento da epilepsiaCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticos
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