Introdução. É bem conhecido o efeito positivo do metilfenidato sobre as manifestações da PDAH em crianças e adultos. Contudo, desconhece-se o efeito a longo prazo da suspensão do metilfenidato no princípio da adolescência. Objectivo. Determinar o efeito da suspensão do metilfenidato, no início da adolescência, sobre a desatenção, hiperactividade, impulsividade e incapacidade funcional na idade adulta. Doentes e métodos. Solicitou-se aos adultos, seus pais, cônjuges e/ou amigos que participaram no estudo, o preenchimento de um questionário diagnóstico de PDAH, que tinham completado seus pais e professores antes de iniciar (7 anos de idade), durante (7,5 anos de idade) e no fim (12 anos de idade) do tratamento com metilfenidato. A todos foi administrado metilfenidato (0,1-0,5 mg/kg/dia) dos 7 aos 12 anos de idade, para o tratamento da PDAH. O grau de desatenção, hiperactividade, impulsividade e incapacidade funcional foi analisado estatisticamente pelo método de amostras emparelhadas antes, durante e no final do tratamento, e após 15 anos sem metilfenidato. Resultado. O metilfenidato, administrado ao longo de 5 anos (7-12 anos de idade) melhorou significativamente (p< 0,001) os valores médios da desatenção, hiperactividade, impulsividade e incapacidade funcional, comparado com os valores antes (7 anos de idade) e após (27 anos de idade) o tratamento. A suspensão do metilfenidato durante 15 anos (12-27 anos de idade) deteriorou significativamente (p< 0,001) os valores médios para a desatenção e a incapacidade funcional, quando os valores no adulto foram comparados com os da adolescência. Conclusões. Os resultados sugerem fortemente que o metilfenidato deveria ser administrado até à idade adulta para evitar a deterioração da atenção e incapacidade funcional encontradas neste estudo
Palabras claveDesatençãoIncapacidade funcionalPerturbação por défice atencional com hiperactividade no adultoSeguimento a longo prazoCategoriasNeuropediatríaNeuropsiquiatría
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