Objectivo. A monitorização dos níveis séricos dos antiepilépticos clássicos foi útil para melhorar o seu uso na prática clínica. Os novos antiepilépticos foram desenvolvidos considerando que a monitorização dos seus níveis séricos não iria ser necessária. São revistas as características dos novos antiepilépticos que podem ser relevantes para a sua monitorização e a sua possível utilidade. Desenvolvimento. Após comentar a evolução da monitorização dos níveis séricos de antiepilépticos em geral, abordam-se com maior detalhe os requisitos para que seja útil, como as indicações, o procedimento e uma correcta interpretação do resultado. Indicam-se os motivos pelos quais se considera que a monitorização dos novos antiepilépticos possa ser vantajosa e revêem-se as características de felbamato, gabapentina, lamotrigina, oxcarbazepina, tiagabina, topiramato, vigabatrina e zonisamida, que podem ser relevantes na sua monitorização, tais como o tipo de cinética, factores que influem na relação entre a dose e o nível, índices nível/dose, dados sobre a relação entre níveis e efeitos, factores que podem alterar esta relação e dificultar a monitorização assim como, as características da obtenção de amostras. Conclusões. Os novos antiepilépticos apresentam uma ampla variabilidade inter e intra-individual que fazem prever que a monitorização dos seus níveis possa ser útil, mas actualmente não existem intervalos claramente definidos para qualquer um deles. A sua monitorização de rotina não está justificada, mas pode ser útil para estabelecer um nível de referência individual que permita controlar o cumprimento e reajustar perspectivas específicas para estabelecer intervalos óptimos que permitam ajustar a dose na ausência de critérios clínicos e resolver dúvidas sobre a eficácia e toxicidade. Também fazem falta métodos analíticos mais rápidos e simples que facilitem a monitorização.
Palabras claveÍndice nível/doseMonitorização de níveis séricos de fármacosCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticos
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