Introdução. As perturbações cognitivas que apresentam os doentes com doença de Parkinson (DP) chamaram a atenção sobre a função dos gânglios da base na cognição. Foi proposto que através de um sistema de circuitos córtico-subcorticais seja monitorizado o trabalho das regiões frontais ao guiar os sistemas atencionais anterior e posterior, cujo funcionamento é necessário para o desenvolvimento das chamadas funções executivas. Doentes e método. Estudaram-se 10 doentes com DP em estádios evolutivos I e II segundo a escala de Hoehn e Yahr e 10 controlos sãos emparelhados. A todos se aplicou uma prova de atenção sustida simples, atenção sustida complexa e alteração atencional.
Resultados Na prova de atenção sustida simples, não houve diferenças significativas entre os grupos. Na da atenção sustida complexa, os doentes cometeram uma maior quantidade de erros e na de alteração atencional cometeram mais omissões e aumentaram significativamente o seu tempo de reacção. Conclusões. Os doentes parkinsónicos, mesmo em estádios precoces da doença, apresentam alterações cognitivas. Estas concentram-se na detecção e avaliação de nova informação, na possibilidade, de mudar de forma flexível, a atenção entre regiões espaciais diferentes e em eleger, inibir e activar programas motores. Para detectar estas alterações é necessário utilizar provas mais sensíveis e complexas.
Palabras claveAtenção sustidaCogniçãoDoença de ParkinsonCategoriasNeurodegeneraciónNeuropsicologíaTrastornos del movimiento
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