Introdução. A fibrilhação auricular (FA) aparece em 2-4% da população com mais de 60 anos de idade e aumenta o risco de AVC em 2,4-3% por ano. O tratamento antitrombótico é o tratamento de eleição para prevenir AVC de origem embólica. Não existem dados relevantes sobre a influência destes tratamentos no tipo de AVC que aparece nestes doentes. Objectivo. Analisar se existem diferenças na clínica e prognóstico funcional entre doentes com AVC e FA segundo se tratem ou não. Doentes e métodos. Incluímos 67 doentes que deram entrada consecutivamente na nossa Unidade de AVC com FA associada ao AVC durante um período de 2 anos. Classificámos os doentes de acordo com o tipo de tratamento profiláctico que recebiam. Estimámos a situação funcional à alta mediante a escala de Rankin.
Resultados Encontrámos uma tendência estatisticamente não significativa para uma sintomatologia menos grave à entrada e um melhor estado funcional à alta a favor dos tratados em comparação com os não tratados. Também encontrámos diferenças significativas a favor dos tratados relativamente aos antecedentes de acidente isquémico transitório (44,2% versus 9,1%; p=0,0042) e HTA (81,4% versus 52%; p=0,041) e uma maior proporção de AVC embólicos nos não tratados. Conclusão. O tratamento antitrombótico adequado num doente com FA poderia associar-se, no caso de aparecer um AVC, a uma clínica inicial menos grave e um melhor estado funcional final relativamente aos não tratados e sem aumentar o número de complicações.
Palabras claveAVCFibrilhação auricularProfilaxiaPrognósticoCategoriasPatología vascular
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