Objectivo. O dazepam rectal comporta problemas pessoais e sociais que o tornam inadequado para o seu uso em locais públicos e por pessoal não ligado à saúde, em crianças e especialmente em adolescentes e adultos. O midazolam intranasal (MIN) e oral poderiam ser uma alternativa ao diazepam rectal. Revê-se a eficácia e segurança destas formas de administração do midazolam que se utilizam em alguns países como sedativo e como anticonvulsivante, apesar de não estar autorizado para essas indicações. Desenvolvimento. O MIN começou a ser utilizado como sedativo, especialmente em crianças, para extracções dentárias, ecocardiografia, endoscopias ou cirurgia. Após verificar electroencefalograficamente a sua eficácia em doentes com convulsões, começou a utilizar-se para interromper as convulsões agudas. Em três ensaios aleatorizados, a eficácia do midazolam intranasal e oral em doentes hospitalizados foi similar e inclusive superior à do diazepam intravenoso ou rectal, com similar rapidez de acção e segurança; não existem, contudo, estudos no meio extra-hospitalar e o seu risco de depressão respiratória pode ser similar ao de outras benzodiazepinas. Um problema de utilizar a solução parentérica para a administração intranasal é a irritação produzida pelo seu pH ácido e o volume relativamente alto que se deve administrar. Estes problemas poderiam reduzir-se com a utilização de aerossóis de uma solução de midazolam em ciclodextrina, que consegue uma concentração maior com um pH menos ácido. Nos doentes com secreções nasais ou com movimentos intensos da cabeça pode utilizar-se a administração oral. Conclusões. O midazolam intranasal ou oral pode melhorar o tratamento das convulsões agudas no meio hospitalar e, especialmente, no meio extra-hospitalar, quando os doentes são atendidos por pessoal não ligado à saúde; contudo, são requeridos ensaios que demonstrem a sua eficácia e segurança neste meio.
Palabras claveAdministração bucalAdministração intranasalConvulsões agudasCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticos
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