Objectivo. Descrevemos as características clínico-electroencefalográficas, terapêuticas e evolutivas de nove doentes com paralisia cerebral (PC) hemiparésica e epilepsia do sobressalto. Doentes e métodos. Avaliaram-se as histórias clínicas de seis homens e três mulheres com idade média de 12,3 anos e um seguimento de 1-11 anos. Analisaram-se os seguintes parâmetros: etiologia, exame neurológico, avaliação psicométrica, idade de início e semiologia das crises epilépticas, electroencefalogramas inter-críticos e críticos, achados neuro-radiológicos, resposta ao tratamento e evolução.
Resultados As etiologias foram: porencefalia em quatro casos, encefalopatia hipoxo-isquémica em dois, meningite bacteriana em um, encefalite herpética em um e meningoencefalite no restante. Todos os casos apresentaram atraso mental. A média do início das convulsões espontâneas foi de 4 anos. A média de início das crises de sobressalto foi 6 anos. As crises epilépticas caracterizaram-se por contracções tónicas rápidas, que comprometiam o corpo hemiparésico, desencadeadas por estímulos auditivos em seis, somato-sensitivos em dois e ambos os tipos de estímulos em um. Em seis doentes, este tipo de crises provocavam quedas frequentes. As crises foram sempre em vigília e diárias. Crises epilépticas focais espontâneas com ou sem generalização secundária, apresentaram-se em oito doentes, em seis dos quais se apresentaram antes das crises etímulo-sensíveis. Os EEG inter-críticos mostraram pontas unilaterais em três, pontas bilaterais em três e paroxismos generalizados de poliponta-onda lenta nos restantes três. Os EEG críticos obtidos em oito dos nove doentes mostraram paroxismos difusos de ritmos de 6-11 Hz. Os achados de neuroimagens (TAC e RM do cérebro) mostraram encéfalomalacia em quatro e porencefalia em cinco. As crises epilépticas reflexas foram refractárias aos fármacos antiepilépticos (FAE). Dois dos doentes foram submetidos a cirurgia, num caso realizou-se hemisferectomia funcional e em outro lesionectomia ampla, acompanhada de uma transecção subpial na área motora. Ambos os doentes estão livres de crises após 1-4 anos. Conclusão. Dever-se-ia considerar como uma síndrome epiléptica definida ou uma evolução electroclínica em doentes com lesões cerebrais extensas associadas a crises de sobressalto estímulo-sensíveis refractárias ao tratamento com FAE. A cirurgia da epilepsia deve considerar-se uma alternativa terapêutica.
Palabras claveEpilepsia do sobressaltoParalisia cerebralReflexasRefractáriaCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosNervios periféricos, unión neuromuscular y músculo
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