Objectivo. Analisar a experiência na prática clínica diária do tratamento com interferão-b (IFN-b) na esclerose múltipla (EM) recorrente-remitente (RR) e secundária progressiva (SP) na Galiza. Doentes e métodos. Doentes com EM RR e EM SP tratados com IFN-b 1a e 1b entre 1995 e Dezembro de 2000, com a análise de dados clínicos e demográficos.
Resultados Foram incluídos 313 doentes com uma média de idade de 38,2 anos. Um total de 296 doentes (94,6%) foram EM clínicamente definidos e 17 (5,4%) foram apoiados por laboratório (critérios Poser); 84,6% dos doentes foram EM RR, e 15,4, EM SP. A duração média da doença antes do tratamento foi de 7,06 anos. Betaferón â foi utilizado em 52,4% dos doentes (115 EM RR e 47 EM SP), Avonex â em 26% e Rebif â em 21,6%. A taxa de surtos reduziu-se em 68,8% para a EM RR nos doentes tratados com Betaferón, 73,3% nos doentes tratados com Avonex e 35,7% nos doentes tratados com Rebif. Betaferón reduziu a taxa de surtos em 50% para a EM SP. Durante o tratamento, o EDSS global permaneceu estável em 33% dos doentes tratados com Betaferón, 60,5% dos doentes tratados com Avonex e 54,5% dos doentes tratados com Rebif permaneceram livres de surtos. O tratamento foi suspenso em 12,9% dos doentes tratados com Betaferón, 6,2% dos doentes tratados com Avonex e 3% dos doentes tratados com Rebif, e as causas mais frequentes foram o incremento da incapacidade e o aumento de surtos. Conclusões. Este estudo apoia o benefício do tratamento com IFN-b na EM RR e EM SP na prática clínica diária, com redução dos surtos, taxa de surtos e incapacidade, com boa tolerância global e baixa incidência de efeitos secundários graves.
Palabras claveEsclerose múltiplaGalizaImunologiaInterferão-bTerapêuticaCategoriasEsclerosis múltiple
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