Objectivo. Apresentar o contributo das alterações cognitivas à perda da competência comunicativa após o traumatismo crânio-encefálico (TCE), os instrumentos mais utilizados para avaliar as capacidades pragmáticas e as diferentes abordagens terapêuticas para reduzir este tipo de défice. Desenvolvimento. A revisão da literatura ilustra de que modo outros processos cognitivos (atenção, memória e funções executivas) interagem com as capacidades comunicativas, expressivas e compreensivas. Os avanços na avaliação das pessoas com TCE permitem identificar défices tais como a presença de uma linguagem excessivamente prolixa, com comentários irrelevantes; dificuldades no desenvolvimento da conversação; fraca sensibilidade a indícios contextuais ou verbais; problemas na compreensão da linguagem abstracta (metáforas, analogias, etc.). Resumem-se os principais aspectos relacionados com a sua avaliação e tratamento, e destaca-se a necessidade de adaptar e desenvolver protocolos de exame no nosso idioma, assim como a utilização de diferentes estratégias de reabilitação baseadas no desenvolvimento de capacidades narrativas, treino em princípios da comunicação, melhoria da competência social, etc, sob a perspectiva da competência pragmática. Conclusões. A influência que exercem outros processos cognitivos sobre a competência comunicativa destas pessoas e a importância destas capacidades na integração social indicam a conveniência de aumentar o nosso conhecimento sobre os processos das referidas inter-relações. Destaca-se a relevância dos novos métodos de treino que permitem incrementar a qualidade de vida desta população e requerem a participação conjunta de profissionais distintos.
Palabras claveAvaliação neuropsicológicaCompetência linguísticaProcessos cognitivosReabilitação neuropsicológicaTraumatismos crânio-encefálicosCategoriasNeuropsicologíaTraumatismos
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