Introdução. A flunarizina e recentemente o topiramato têm revelado a sua eficácia na profilaxia da enxaqueca. Objectivo. Comparar dois grupos independentes de doentes com características clínicas e demográficas semelhantes tratados com flunarizina ou topiramato como primeiro fármaco na prevenção das enxaquecas e avaliar a eficácia e tolerância de acordo com o fármaco tomado. Doentes e métodos. Todos os doentes apresentavam mais de quatro crises por mês e/ou enxaqueca transformada segundo os critérios de Silberstein e nunca tinham iniciado tratamento profiláctico. Determinou-se: número e média de crises no mês anterior e ao quarto mês de tratamento e a taxa de respondedores.
Resultados Foram incluídos 125 doentes em cada grupo. Não houve diferenças significativas entre ambos grupos na média de idades e média de crises no mês anterior. Com ambos os fármacos houve uma descida significativa (0,0001) na média de crises ao quarto mês de tratamento, sem diferenças significativas: topiramato (5,88 ± 3,7 a 2,1 ± 2,5) e flunarizina (5,24 ± 3,2 a 2,3 ± 2,7). A redução média de crises ao quarto mês foi de 58,2 ± 38,2% com topiramato e 55,4 ± 37,5% com flunarizina. A taxa de respondedores foi: 71% com topiramato, 67% com flunarizina. A percentagem de abandonos com o topiramato (28%) foi superior à da flunarizina (11%) (0,0013). Com topiramato 69 doentes referiram efeitos adversos e 53 doentes com a flunarizina (0,0427). Conclusões. Ambos os fármacos demonstraram uma elevada eficácia quando foram utilizados como primeiro fármaco no tratamento preventivo da enxaqueca. O topiramato obteve melhores resultados de eficácia, mas mais efeitos adversos, nenhum grave.
Palabras claveCefaleiaEnxaquecaFlunarizinaProfilaxia da enxaquecaTratamento da enxaquecaCategoriasCefalea y MigrañaDolor
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