Introdução. O estudo dos potenciais evocados motores (PEM) tem grande utilidade na avaliação de doentes com esclerose múltipla (EM). Objectivos. Determinar a sensibilidade dos PEM num grupo de doentes com diagnóstico de EM. Doentes e métodos. Estudaram-se 56 doentes com diagnóstico definido de EM. Realizou-se PEM com estimulação magnética, com registo sobre os músculos abductor brevis do polegar e tibial anterior (TA). Analisou-se a sensibilidade e correlação clínica do PEM. Em 22 doentes comparou-se a sensibilidade do PEM com a de outros potenciais evocados (visuais, somatosensoriais, auditivos).
Resultados Obtiveram-se registos de PEM anormais em 87% dos doentes, e em 18% detectaram-se alterações sub-clínicas. Evidenciaram-se diferenças estatisticamente significativas entre as formas clínicas evolutivas por exacerbações-remissões e crónica progressiva primária (Lambda de Wilk= 0,606; p= 0,00), correlacionando-se com a pontuação da escala de Kurtzke (p< 0,05). A análise comparativa com as restantes modalidades de PE realizadas evidenciou que o PEM foi o estudo mais sensível, com 68,1% de positividade, seguido pelos PE somatosensoriais (59%), visuais (45,4%) e auditivos (22,5%). Conclusões. Os PEM constituem uma modalidade de PE muito sensível para a detecção de lesões do feixe cortico-espinhal, com boa correlação clínica
Palabras claveCorrelação clínicaEsclerose múltiplaFeixe cortico-espinhalPotenciais evocados motoresSensibilidadeCategoriasEsclerosis múltipleTécnicas exploratorias
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