Este texto recolhe as ‘Introduction remarks’ que iniciaram um Simpósio sobre a dor dirigido pelo Professor Ochoa na Sociedade Espanhola de Neurologia. De forma condensada, ainda que clara, o autor expõe, desde os nociceptores até ao córtex cerebral, as estruturas comprometidas na senso-percepção –e emoção– que se toma em consideração. Alguns dados fundamentais são: 1. A caracterização funcional de diversos nociceptores; 2. A existência de nociceptores habitualmente ‘silenciosos’, activados apenas em certas circunstâncias; 3. A enumeração das zonas dos feixes posteriores ‘específicas’ para a nocicepção: lâmina I e a zona externa da lâmina II; 4. A grande peculiaridade da lâmina V, que contêm neurónios convergentes, que recebem tanto estímulos tácteis como nociceptivos; 5. O contraste entre o núcleo talâmico postero-ventral (tacto, dor, etc.) e os sectores talâmicos internos ou ‘medianos’, comprometidos com a dor mais grosseira e que progride e no decurso de impulsos que proporcionam uma vivência pática emocional. Este sector talâmico não gera dor ao ser estimulado em condições normais, mas sim quando o doente sofre uma dor central, para a qual se avalia a situação –por vezes complexa– de desaferenciação. Realça-se que tanto a classicamente designada causalgia como as algias centrais, quer talâmicas, quer por patologia do tronco encefálico, como por lesões córtico-subcorticais, têm um carácter uniforme: fundo doloroso tipo ardor, exacerbações paroxísticas, defeitos sensitivos, hiperpatia e adodínia. Também se assinalam os efeitos inibidores complexos dos impulsos conduzidos por fibras grossas bainha mielínica sobre os nociceptivos e isso ocorre a diferentes níveis. Não se faz referência aos sistemas centrífugos (opiáceos endógenos, etc.) inibidores da dor. As referências 1, 3, 6 e 9 contêm uma ampla bibliografia
Palabras claveAlgias centraisDorNociceptorSenso-percepçãoCategoriasDolor
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