Introdução. Apesar da raridade da parésia isolada do III par na infância, apresentamos um caso adquirido de causa não aclarada que apresentou excelente e rápida resposta à corticoterapia instituída após cinco meses do início do quadro clínico.
Caso clínico Trata-se de uma menina de três anos e três meses de idade sem antecedentes relevantes, que de forma súbita apresentou um síndrome de III par craniano parcial, com estrabismo divergente e ptose direita, sem alterações da motricidade pupilar. Todos os testes complementares realizados foram normais. Após cinco meses de atitude conservadora e perante a persistência da clínica, é instituído tratamento com prednisona oral 2 mg/kg/dia (3 meses), com desaparecimento total da ptose em três semanas, que não reapareceu após dois anos do desmame do tratamento. A ausência de dor não apoia um síndrome de Tolosa-Hunt, ainda que foi descrita a existência de episódios sem dor. A ausência de alterações da motilidade pupilar vai contra, ainda que não inclui, um III par por compressão. Este dado, junto com a espectacular resposta aos corticoides, apoia um problema inflamatório limitado às fibras motoras, provavelmente relacionado com uma infecção viral. Conclusão. Concluímos que a corticoterapia poderia ser considerada como possibilidade terapêutica perante neuropatias cranianas criptogénicas, uma vez excluídas outras etiologias possíveis, com o objectivo de moderar um hipotético mecanismo imune implicado
Palabras claveParésia oculomotoraPtose palpebraleCategoriasNervios periféricos, unión neuromuscular y músculo
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