Introdução. A qualidade de vida do doente epiléptico depende em grande medida de uma conjugação entre o controlo das crises convulsivas e o grau de compromisso das funções mentais superiores. Alguns tipos de epilepsia provocam atraso mental no desenvolvimento e outras desencadeiam um compromisso dos mecanismos cerebrais básicos de processamento, o que gerará uma deterioração cognoscitiva transitória ou permanente. Desenvolvimento. Existem alguns factores determinantes clínicos, tais como a localização da descarga em referência ao lobo, ao hemisfério, ao tipo de área cerebral comprometida e à idade do doente. Destacam-se as características clínicas de cada tipo de epilepsia em relação ao compromisso focal ou generalizado da mesma. O compromisso subclínico das descargas contínuas afecta o processamento das áreas involvidas e, como tal, da função intelectual, provocando uma alteração da aprendizagem secundária. As baterias neuropsicológicas utilizadas na exploração das funções cerebrais superiores na epilepsia incluem em regra exames que avaliam a velocidade de processamento, a atenção, a memória, a habilidade para raciocinar, as habilidades visuoespaciais e as funções executivas frontais. Conclusões. A sensibilidade destas baterias deve ser elevada, para permitir detectar mudanças mínimas relacionadas com o estado mórbido da doença, o tempo decorrido e a medicação utilizada. A medicação anticonvulsivante pode originar, per se, um compromisso das funções mentais. Muitas vezes, surge um comportamento neurocognitivo misto, secundário ao fármaco utilizado, assim como também pode ser observada uma deterioração cognitiva transitória
Palabras claveAvaliação das funções mentais em doentes com epilepsiaDeterioração cognitiva transitóriaEpilepsia e aprendizagemMonitorização de fármacos antiepilépticosCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosNeuropsicología
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