Objectivo. Nos últimos 20 anos houve um progresso considerável no conhecimento das alterações neuropsicológicas da esclerose múltipla. Neste trabalho levou-se a cabo uma revisão da natureza da deterioração cognitiva na esclerose múltipla e os procedimentos utilizados para a sua avaliação. Desenvolvimento. Em primeiro lugar, apresentamos um breve resumo do estado actual do envolvimento das diferentes funções e os instrumentos mais frequentemente utilizados para a sua avaliação. Posteriormente, focalizaremos nas diferentes formas de abordar a avaliação neuropsicológica, a utilização de protocolos extensos frente a técnicas de screening, tendo em conta as suas vantagens e os seus limites no campo clínico e da investigação. Desta forma, assinalam-se as tendências actuais no campo da avaliação e intervenção na esclerose múltipla. Conclusões. O perfil geral de alterações neuropsicológicas na esclerose múltipla é caracterizada pela presença de alterações da memória secundária e da velocidade de processamento, embora faltaria precisar a natureza destes défices. Observam-se também alterações em outras funções neuropsicológicas, embora com menor frequência e/ou maior grau de controvérsia. Os nossos conhecimentos sobre a prevalência destas alterações advêm de protocolos de exames exaustivos. Contudo, actualmente procura-se obter instrumentos de avaliação que combinem a eficácia diagnóstica, a utilidade clínica e a rapidez. Neste sentido, embora se esteja a fazer progressos evidentes, ainda permanecem questões por resolver.
Palabras claveAlterações cognitivasAvaliação neuropsicológicaEsclerose múltiplaCategoriasEsclerosis múltiple
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