Introdução. A avaliação da conduta está a adquirir uma importância crescente em neurologia principalmente devido ao facto que as perturbações de conduta são um importante factor gerador de sobrecarga do terapeuta e de institucionalização nos doentes com demência. Desenvolvimento. No presente artigo revêem-se a metodologia e o alcance da avaliação da conduta na deterioração cognitiva e na demência, com especial atenção para o caso particular da doença de Alzheimer. Apresentam-se, assim, os instrumentos de avaliação que o autor considera mais relevantes. A partir de um conceito inicial amplo, as escalas de avaliação têm vindo a convergir num conceito restrito de perturbação da conduta, que em fenomenologia é equivalente a ‘perturbação psiquiátrica’. As manifestações de conduta das distintas doenças demenciais apresentam uma sobreposição total, pelo que a utilidade da avaliação da conduta no diagnóstico diferencial é limitada. Contudo, uma avaliação pormenorizada contribui para uma abordagem mais racional destes doentes, o que aliviará a carga do terapeuta. Conclusões. O desenvolvimento de escalas sensíveis durante todas as fases da deterioração e a elaboração de instrumentos que nos permitam afundar na génese das distintas perturbações são necessidades prementes que devem ser abordadas sob um âmbito preferencialmente intercultural.
Palabras claveCondutaDemênciaDoença de AlzheimerSintomas não cognitivosCategoriasDemenciaNeurodegeneraciónNeurología del Lenguaje y la ComunicaciónNeuropsicologíaNeuropsiquiatríaPatología vascular
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