Objectivo. Analisar as características do marcador fisiopatológico do componente P-300 na avaliação da esquizofrenia. Para este fim revimos evidências clínicas e neuropsicológicas de trabalhos que utilizam o referido componente como ferramenta de avaliação diagnóstica. Desenvolvimento. O componente P-300 tem interesse no estudo, não só dos processos cognitivos, como também na fisiopatologia de doenças tão complexas como a esquizofrenia. Este componente reflecte o estado de funções de controlo da atenção e de memória, ambos necessários para uma avaliação final do estímulo. Na esquizofrenia, estas funções cognitivas estão alteradas, o que se reflecte numa anomalia de geração do componente P-300. Revimos os resultados de maior relevância que permitem caracterizar a ampla fenomenologia esquizofrénica a partir de estudos genéticos, sintomatológicos, morfológicos e neuropsicológicos em que o componente P-300 tenha significado especial. São analisadas as controvérsias existentes devidas à enorme heterogeneidade metodológica, assim como à própria natureza da doença. Conclusões. Os conhecimentos disponíveis permitem estabelecer que o componente P-300 é um marcador biológico de aspectos tão relevantes na esquizofrenia, como o risco genético de sofrer um ataque psicótico, determinar a tipologia e gravidade sintomatológica da doença, assim como o grau de deterioração estrutural do doente. O componente P-300 é sensível ao efeito dos diferentes neurolépticos, não apenas sobre a sintomatologia, como também sobre o estado das funções neuropsicológicas do doente. Estes achados permitem propor o componente P-300 como marcador válido para a avaliação da esquizofrenia e processos neuropsicológicos.
Palabras claveComponente P-300Marcador biológicoNeurodegenerescênciaPotenciais evocadosProcessos cognitivosVulnerabilidadeCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticosTécnicas exploratorias
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