Objectivo. Rever o conhecimento actual sobre o uso de angioplastia e stenting (A/S) no tratamento da estenose carotídea com ênfase nas indicações propostas. Desenvolvimento. O tratamento padrão da estenose carotídea é a endarterectomia carotídea (EC). Contudo, o tratamento cirúrgico encontra-se por vezes limitado devido ao risco cirúrgico excessivo ou à dificuldade técnica do caso. Por consequência, a opção do tratamento percutâneo por A/S transforma-se numa alternativa atraente. As técnicas de A/S são objecto de constante progresso, mas na actualidade a informação prospectiva que certifica a sua utilidade é muito escassa. As taxas de complicação de A/S parecem ser comparáveis com as da EC. As indicações para a A/S da artéria carotídea ainda não foram completamente definidas. Consideramos como candidatos adequados para A/S aqueles doentes com estenose carotídea sintomática de alto grau e com pelo menos uma das seguintes características: doença coronária instável, doença sistémica grave, lesões carotídeas cirurgicamente inacessíveis (entre elas, estenose carotídea secundária à radiação do pescoço), oclusão carotídea contralateral ou estenose recorrente após EC. Conclusões. A A/S constitui uma alternativa prometedora para o uso de EC em doentes com estenose carotídea. Contudo, na ausência de informação prospectiva comparativa, a A/S deve ser reservada exclusivamente a doentes com risco cirúrgico absoluto ou lesão inacessível. A A/S da artéria carotídea deve ser efectuada apenas por cirurgiões experientes.
Palabras claveComplicaçõesEndarterectomia carotídeaEstenose carotídeaIndicaçõesTratamentoCategoriasTrastornos metabólicos y tóxicos
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