Objectivo. Rever o papel do Valproato endovenoso (VPA ev) como alternativa à via oral e para o tratamento agudo das crises epilépticas e do estado de mal epiléptico, assim como estabelecer critérios para a sua utilização. Desenvolvimento. A biodisponibilidade e tolerância do VPA ev, quando administrado em infusões de 60 minutos cada 6 horas, são sobreponíveis às do VPA oral. A grande parte dos dados sobre administração aguda, em injecção de 3 a 5 minutos, para o tratamento agudo das crises, são séries de casos e resumos de congressos que requerem confirmação, mas sugerem que o VPA iv pode ser útil no tratamento: a) das convulsões por níveis insuficientes ou não cumprimento, para aumentar os níveis rapidamente; b) do estado convulsivo generalizado e focal resistente ao diazepan e fenitoína como alternativa não depressora do fenobarbital e de outros depressores do SNC, c) do estado não convulsivo como alternativa às benzodiazepinas quando se querem evitar os seus efeitos secundários ou se pretenda continuar o tratamento crónico com VPA oral. A dose inicial deve estar baseada na concentração que se pretenda alcançar e os níveis prévios de VPA do doente. A dose de manutenção deve ser fundamentada no nível estável que se pretender manter, na idade do doente e na presença de indutores enzimáticos. Conclusão. O VPA iv parece fornecer novas perspectivas no tratamento agudo das crises, mas a sua utilidade pode depender criticamente da sua correcta utilização baseada nos princípios clínicos e farmacocinéticos
Palabras claveAnti-epilépticosDoseamentoTolerânciaUtilizaçãoVia endovenosaCategoriasEpilepsias y síndromes epilépticos
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