Original

Evolução neurológica dos recém-nascidos de termo com acidose umbilical grave (pHAU £7,00)

J. González de Dios, M. Moya-Benavent, F. Carratalá-Marco [REV NEUROL 2000;31:107-113] PMID: 12497453 DOI: https://doi.org/10.33588/rn.3102.99321 OPEN ACCESS
Volumen 31 | Número 02 | Nº de lecturas del artículo 7.372 | Nº de descargas del PDF 398 | Fecha de publicación del artículo 16/07/2000
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RESUMEN Artículo en español English version
Introdução e objectivos. O pH da artéria umbilical (pHAU) é um bom indicador do estado ácido-base e da oxigenação fetal ao nascimento. Em recém nascidos de termo, o pHAU é um fraco indicador de prognóstico das complicações neonatais associadas à asfixia perinatal (AP) a não ser que se considere um valor de pHAU inferior a 7,00. O objectivo do estudo é analisar a evolução neurológica dos recém nascidos de termo com acidose umbilical grave (pHAU £7,00). Doentes e métodos. Estudaram-se 180 recém nascidos de termo com AP, nascidos consecutivamente no nosso hospital durante 64 meses, e classificaram-se em dois coortes: GI (pHAU £7,00, n= 18) e G2 (pHAU >7,00, n= 162). As variáveis do estudo obtiveram-se através de um protocolo padronizado a partir da história clínica materna, a folha de reanimação neonatal e o seguimento clínico em consultas externas. As variáveis perinatais estudadas foram classificadas como pré-natais (gestacionais e obstétricas), neonatais (reanimação, dados gerais do recém-nascido e manifestações orgânicas da asfixia) e pós-neonatais (sequelas neurológicas detectadas durante um seguimento mínimo de 24 meses). A AP foi subdividida em dois graus, segundo a sua intensidade, grave ou não grave, a encefalopatia não hipóxico-isquémica foi classificada a partir dos critérios de Levene e as sequelas neurológicas segundo os critérios de Finer e Amiel-Tisson.

Resultados Um valor de pHAU £7,00 surgiu em 0,3% do total de recém-nascido de termo. No GI, o valor médio do pHAU foi 6,93±0,06 (intervalo de 6,80-7,00) e no G2 o valor médio do pHAU foi 7,17±0,09 (intervalo 7,01-7,46). A incidência de AP grave foi detectada com maior frequência no G1 (RR= 4,74, CI95%= 2,62-8,55, p<0,001) com manifestações clínicas pós-asfixia, tanto neurológicas (RR= 3,72, CI95%= 2,34-5,92, p< 0,001), como extraneurológicas (RR= 3,13, CI95%= 1,65-5,94, p< 0,01). Contudo não encontrámos diferenças entre a incidência de sequelas neurológicas entre ambas os coortes. Conclusões. Os recém-nascidos de termo com acidose umbilical grave, têm por evolução a curto prazo, maior frequência de manifestações clínicas durante o período neonatal, contudo não a médio prazo (sequelas neurológicas). A fraca correlação entre acidose umbilical e o prognóstico neurológico persiste, apesar de se considerar o ponto de corte na acidose grave (pHAU£ 7,00).
Palabras claveAcidose umbilicalEncefalopatia hipóxico-isquémicaPrognósticoRecém-nascidos de termoSequelas neurológicas
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