Original

Factores de risco predictivos de sequelas neurológicas em recém-nascidos de termo com asfixia perinatal

J. González de Dios, M. Moya-Benavent, J. Vioqué DOI: https://doi.org/10.33588/rn.3203.2000098 OPEN ACCESS
Volumen 32 | Número 03 | Nº de lecturas del artículo 12.636 | Nº de descargas del PDF 1.544 | Fecha de publicación del artículo 16/02/2001
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RESUMEN Artículo en español English version
Introdução e objectivo. A asfixia perinatal (AP) e suas manifestações neurológicas são as causas mais importantes de lesão cerebral e sequelas neurológicas em recém-nascidos de termo. O objectivo do estudo é analisar os factores de risco predictivos perinatais de sequelas neurológicas em recém-nascidos de termo com AP. Doentes e métodos. Estudaram-se prospectivamente 156 recém-nascidos de termo com AP, nascidos consecutivamente no nosso hospital, durante um período de 40 meses. Subdividiu-se a AP em dois graus, segundo a sua intensidade, em grave e não grave, a encefalopatia hipoxo-isquémica foi classificada com base nos critérios de Levene e as sequelas neurológicas segundo os critérios de Finer e Amiel-Tisson. As variáveis perinatais estudadas foram classificadas em pré-natais (gestacionais e obstétricas), neonatais (reanimação, dados gerais do recém-nascido e manifestações orgânicas da asfixia) e pós-neonatais (sequelas neurológicas detectadas durante um seguimento mínimo de 24 meses). A relação de cada variável com o desenvolvimento de sequelas neurológicas foi estudada por meio de uma análise uni- e multi-variante, com classificação de grave em 31 casos e não grave em 125. 25,6% dos recém-nascidos com asfixia apresentaram manifestações neurológicas (encefalopatia hipoxo-isquémica) e 41,7% apresentaram manifestações extra-neurológicas (doença hipoxo-isquémica). A incidência de sequelas, em 115 dos doentes seguidos durante um mínimo de 24 meses, tem sido de 16,5% (19 casos). Os factores de risco predictivos perinatais de sequelas neurológicas na análise univariante são variáveis de reanimação neonatal (pontuação de Apgar ao primeiro minuto £ 4, pontuação de Apgar ao quinto minuto £ 6, entubação, gravidade da AP) e variáveis das manifestações sistémicas (encefalopatia hipoxo-isquémica, envolvimento cardiovascular e multi-sistémico, ventilação mecânica). Contudo, apenas duas variáveis estão associadas de forma independente na análise multi-variante: AP grave (RR= 2,82; I= 1,07-7,39) e encefalopatia hipoxo-isquémica (RR= 4,17; IC= 1,48-11,75). Conclusão. Os melhores marcadores de prognóstico predictivo de sequelas neurológicas são a classificação da AP como grave ao nascimento e/ou a presença de encefalopatia pós-asfixia durante o período neonatal. Palabras claveAnálise multi-varianteEncefalopatia hipóxo-isquémicaSequelas neurológicas
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