Original

Influência dos factores sócio-familiares sobre o estado nutricional das crianças com atraso mental

J.M. Sánchez-Lastres, J. Eirís-Puñal, J.L. Otero-Cepeda, P. Pavón-Belinchón, M. Castro-Gago [REV NEUROL 2002;34:1001-1009] PMID: 12134294 DOI: https://doi.org/10.33588/rn.3411.2002047 OPEN ACCESS
Volumen 34 | Número 11 | Nº de lecturas del artículo 5.775 | Nº de descargas del PDF 429 | Fecha de publicación del artículo 01/06/2002
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RESUMEN Artículo en español English version
Introdução. O atraso mental (AM) é uma perturbação de importância clínica e social. A sua prevalência atinge 3% da população pediárica. As investigações sobre as suas repercussões a nível do estado nutricional (EN) são escassas e, por vezes, com resultados divergentes. Objectivo. Avaliar o EN em crianças com AM da nossa comunidade, referindo-nos à influência dos factores sócio-familiares, incluindo tipo de dieta e apetite. Doentes e métodos. Estudaram-se 128 crianças (81 rapazes e 47 raparigas) com idades compreendidas entre os 0 e os 17 anos, com AM. Em todos eles realizou-se inquérito nutricional, inquérito sócio-familiar e avaliação de uma série de parâmetros nutricionais antropométricos e bioquímicos. Mediante o software estatístico SPSS efectuou-se uma análise factorial que permitiu obter 2 factores antropométricos e 3 factores bioquímicos que condensam a maioria da informação nutricional. Os resultados do inquérito nutricional e sócio-familiar relacionaram-se com os valores dos factores antropométricos e bioquímicos.

Resultados O agravamento do apetite e da qualidade da dieta condicionaram uma deterioração significativa dos níveis do factor antropométrico 1 (FAP 1). As crianças oriundas de meio rural apresentaram o nível mais baixo de FAP 1, os de origem urbana mostraram um nível intermédio e os procedentes de zona costeira um nível mais elevado. A idade dos pais e o numero de irmãos também influíram nos valores de FAP 1. Contudo, a classe social não exerceu qualquer papel nos valores de FAP 1. Os factores bioquímicos apresentaram um comportamento similar ao dos antropométricos em relação à qualidade da dieta, ao apetite, à área geográfica de procedência, ao número de irmãos e à idade dos pais. Além disso, o agravamento das condições sócio-económicas supôs uma diminuição significativa do factor bioquímico 1 (FBQ 1). Conclusões. É necessária uma avaliação precoce do comportamento alimentar, já que este condiciona o EN sob o ponto de vista antropométrico e bioquímico. Os factores bioquímicos foram os mais sensíveis às alterações sócio-económicas. As crianças oriundas da costa apresentaram os melhores níveis nutricionais. A idade dos pais influi significativamente no estado nutricional dos respectivos filhos.
Palabras claveAtraso mentalFactores sócio-familiaresParâmetros antropométricosParâmetros bioquímicos CategoriasNeuropediatríaNeuropsiquiatría
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